terça-feira, 11 de maio de 2010

O nosso amor


O nosso amor é forense,
paliativo e mandatário.
nosso amor é desnorteado,
indefinível.

Impossível ser qual coisa,
da possibilidade condicional
a liberdade privada.

Nosso amor é transviado,
transloucado e aposentado,
quietinho murcho e florescido.

Nosso amor é sem rumo,
quando de ir fica,
e vai quando de ficar.

Nosso amor é vertiginosamente alto,
constrangedoramente raso.

Nosso amor é inteligível, lento e claro,
 absurdo curto e deslocado.

E de tudo que é e possa ser nosso amor,
mesmo que não tenha fim ou se acabe,
não se tornará desamor.

por: Don Palacio
para: Fê HbnO

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Versos do amor que tinha



Já não me encantam tanto os teus olhos
e não os vejo mais com os mesmos meus
já não reparo bem em tuas nuances
nem me atenho mais do amor que tinha

Não rebusco mais pra lhe escrever
não me uso mais que o coloquial
não me ofusco mais com teu suposto brilho
nem me enciúmo mais com tuas possibilidades

Perdi o encanto, o que fazer?
quiçá pelos erros que cometeste ou
ou por acertos mais, de outras moças.

decerto o desanimo que me causas
sobremaneira me aquieta com meus refrãos,
me tinhas friamente em tuas mãos, gélido
de formas duras, e palpáveis,
tão descuidados foram teus dedos,
me esvai, pois derreti por entre eles.

por: Don Palacio
para: Hellena Monfort
feito em: 29/04/2010