sexta-feira, 8 de junho de 2012


TODAS AS MULHERES DO MUNDO.

Não quero mulher que exista,
Com seus defeitos ou intempéries,
Quero a dita mulher perfeita,
De perfumes que exalam,
E inteligência que constrange.

Que seja insaciável,
Indomável e decidida,
Morena quiçá, loira, sei lá.

Quero mulher que se transforme
E me faça estranhar,
Que todo dia ao amanhecer me olhe assustada,
Me ameace deixar,
Mas que volte sempre,
Pela mesma porta,
Com outro olhar.

Mulher de vários nomes,
De várias formas,
De muitas nuances,
Que tenham varias nucas,
Muitas pernas e perfumes,
Mulher que me constranja,
Quando do encontro com outras dela.

Quero mulher sensível, mulher qualquer,
Mulher do mundo, o mundo de mulher.

Sê esta mulher, única na pele de outras,
E em comum que tenham todas,
A minha posse ao deitar.

Por: Don Palacio
para: Todas as mulheres do mundo.
08-06-2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Curvas, subidas e descidas.

Indo e vindo, descendo e subindo, por
ladeiras e curvas, por asfaltos e peles,
Senti-a viva em mim, presa assim,
De salto o susto, a dúvida, o medo o prazer.

Dos desejos que tinha de ir e ficar,
Ela não sabia qual mais forte,
Nem pra onde devia olhar,
Mostrei-a com olhos fechados e ela viu por
minhas mãos, a delicadeza agressiva do
prazer, a dúvida firme de querer.

Saber, se ia fazer, ou não,
Saber se ia se arrepender se não, fizesse.

Quisesse. Pudera, quiçá ficar com ela até,
Não restar mais tempo de ficar.

Por: Don Palacio
Para: C.
06-06-2012