segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vês ?


Vês? A cor rubra de meus olhos agora? Não são por teus abandonos que assim ficaram, foi o cigarro e sua cancerígena fumaça que os apodreceram. Quiçá tenha fumado por ti, mas não, nunca saberás.
Vês? A tontiês de meus passos ao me despedir de ti? Não são por dores que me causaste ao peito que de tão forte poderiam sim tê-lo ainda parado, é o efeito do álcool o qual bebi exageradamente mais que o exagero do que sinto por ti.
Vês? Ainda que perceba a tremedeira de minhas mãos ao te acenar de longe quando pela ultima vez nos vimos. Cafeína apenas, pura e de um volume absurdo, tomava as madrugadas que não raramente permanecia acordado, pensando em sei lá o que.
E as gotas que vês, pensas tu que são lágrimas? Ah não são, gotas d’água apenas que não sei de onde vem e correm por entre meus olhos convenientemente disfarçando-se então de lágrimas.
Vês? Vês? E vês tanto que não consegues enxergar o que de fato é.

por: don palacio
para: INhDETERMINAmDO
feito em: 01 - nov - 2010

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